sábado, 25 de agosto de 2018

Quando o vento vem ...

Me sentei na sala de estar e, com o controle na mão, procurei um filme na televisão. Finalmente achei algo interessante, porém, o vento estava forte demais e a tela começou a travar. Então, desisti de assistir e desliguei a TV. 

O dia estava bonito. Um fraco sol se escondia dentre as nuvens e dava um "olá" de tempos em tempos. Ouvi o portão ser aberto e pulei na janela bisbilhotar. Era minha irmã e minha sobrinha chegando de um jogo de futebol. Chegaram e foram para o quarto. Me sentei novamente no sofá, agora pegando o notebook e digitando Youtube na barra de procura. A bolinha girou, girou e girou, mas a internet havia caído (de novo).  Fui até o lado de fora da casa e desliguei o roteador, esperei 10 segundos, e o liguei novamente. O botãozinho da internet ligava e desligava quando vinha o vento. Esta ventando forte por aqui. 

Desisti da internet, da televisão e o que restava era dormir - claro, podia estudar ou ler, mas nada melhor que cochilar no meio da tarde de Sábado. Então fui até meu quarto e arrumei duas cobertas na cama - uma manta mais fina por baixo e uma grossa por cima. Me deitei naquele colchão mais ou menos macio e velho de meu quarto. Pensei em como as coisas mudaram por aqui de um ano para o outro. Amigos, família, emprego, estudos, amor. Algumas melhoraram e outras, infelizmente, pioraram. Mas faz parte.

Aprendi nestes últimos três semestres, que temos ciclos. O ano passado foi um momento difícil: problemas pessoais, morte de uma pessoa importante, indecisões e muitas incertezas. Já 2018 iniciou-se com uma nova energia, com uma nova promessa de mudanças. Mas faltava a mim decidir aceitar ou não. Ainda bem que aceitei. O sentimento ruim se foi com o vento e o que restou foi o aprendizado e as lembranças do que um dia existiu. Então não reclamo quando o vento vem. 

Deixo que ele venha e traga consigo o início e o fim de mais um ciclo.

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